Soneto ( Gregório de Matos Guerra)
Largo em sentir, em respirar sucinto. Peno e calo, tão fino e tão atento, que mesmo em face do dormento mostro o que padeço, sei o que sinto.
O mal que fora encubro ou que desminto dentro do coração é o que sustento, com o que para penar é sentimento, para não entender é labirinto.
Ninguém sufoca a voz nos seus retiros. Da tempestade é o estrondo efeito. Lá tem ecos a terra, o mar suspiros.
Mas, oh do meu segredo, auto - conceito! Pois não chegam a vir à boca os tiros dos combates que vão dentro do peito. |
terça-feira, novembro 15, 2005
Desespero ( Thinner sobre fotografia )
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