
Mandala macrô - ciranda - acrílica sobre eucatex "não sei se era memória o que eu falava, se era palavra muda o que eu ouvia, sei de imensas presenças que giravam". Jorge de lima, " invenção do orfeu" |
Assombração - a sombra em ação - pastel óleo sobre canson
O homem da multidão ( Edgard Allam Poe) " De certo livro germânico, disse - se com propriedade, que 'es lãsst sich nicht lesen' - não se deixa ler. HÁ CERTOS SEGREDOS QUE NÃO CONSENTEM SER DITOS. Homens morrem à noite em seus leitos, agarrados às mãos de confessores fantasmais, olhando - os devotamente nos olhos; Morrem com o desespero no coração e um aperto na garganta, ante a horripilância de mistérios que não consentem ser revelados. De quando em quando, aí, a consciência do homem assume uma carga tão densa de horror que dela só se redime na sepultura ... e destarte, a essência de todo crime permanece irrevelada. |
70% água ( acrílica sobre eucatex)
O doido x o imaginário ( Luluca Guerra ) Cara a cara doido e imaginário, um dentro e fora, outro de ponta cabeça, sem saber do tempo, tempo que passa, passa que come sem degustar por inteiro. Tanto que se confundem o doido imaginário, e o imaginário doido. Imagina só. O que doido as linhas tansforma, e em letras transcende em mar iludido inconsciente das profundezas do imaginário envolvido. |
Soneto ( Gregório de Matos Guerra)
Largo em sentir, em respirar sucinto. Peno e calo, tão fino e tão atento, que mesmo em face do dormento mostro o que padeço, sei o que sinto.
O mal que fora encubro ou que desminto dentro do coração é o que sustento, com o que para penar é sentimento, para não entender é labirinto.
Ninguém sufoca a voz nos seus retiros. Da tempestade é o estrondo efeito. Lá tem ecos a terra, o mar suspiros.
Mas, oh do meu segredo, auto - conceito! Pois não chegam a vir à boca os tiros dos combates que vão dentro do peito. |
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CACOETES - vitral
TE TI CONTIGO ( assassinando a língua portuguesa mas, deixando tudo claro - vitral )
Te sigo entre os deuses,
te quero como nada,
te marco o corpo com as unhas do desejo,
te confundo.
Te fantasio enquanto as águas me percorrem o corpo,
te faço o maior, e
te odeio com todo o meu amor, mas,
não te mostro a dor de não ser.
Divido contigo meias verdades,
e nunca te espero.
Pois, quando não vieres pra sempre,
de mim, não me interessa o que levarás,
de você, talvez, doces lembranças superficiais,
Pois nunca terás sido meu.
ME MIM COMIGO.