Mandala macrô - ciranda - acrílica sobre eucatex "não sei se era memória o que eu falava, se era palavra muda o que eu ouvia, sei de imensas presenças que giravam". Jorge de lima, " invenção do orfeu" |
terça-feira, novembro 22, 2005
Lé com cré ( le concret ) - thinner sobre fotografia
" O tempo não pára no porto,
não apita na curva,
não espera ninguém.
O medo correndo nas veias,
deixa tanta coisa pra trás.
A gente fica com as mãos cheias
de coisas que não valem mais
e fica um gosto de usado
naquilo que nem se provou
e a gente dormiu acordado
e o tempo depressa passou"
* Esta pérola saiu da boca do rei
Reginaldo Rossi. Ponto.
MUSA ( óleo sobre eucatex )
Sissi ( se sentindo)
É...
DO ré mi fá sol lá si SE
NOTASSSSSSSS - SE
Se penetram, não se sente,
se esquece, não parece
se se encontra, se
apetece,
mas se não...não se emputece.
Se passeia, não tem hora,
Se seduz, vai mundo afora,
Se é deleite, o alvo é boca, mas,
Se
amarga, não padece.
Se é noite, cansa o acaso,
Se a olham nada teme,
mas,
Se trama, vai, encena,
Se não liga ... PACIÊNCIA.
Loloca :O)
segunda-feira, novembro 21, 2005
Assombração - a sombra em ação - pastel óleo sobre canson
O homem da multidão ( Edgard Allam Poe) " De certo livro germânico, disse - se com propriedade, que 'es lãsst sich nicht lesen' - não se deixa ler. HÁ CERTOS SEGREDOS QUE NÃO CONSENTEM SER DITOS. Homens morrem à noite em seus leitos, agarrados às mãos de confessores fantasmais, olhando - os devotamente nos olhos; Morrem com o desespero no coração e um aperto na garganta, ante a horripilância de mistérios que não consentem ser revelados. De quando em quando, aí, a consciência do homem assume uma carga tão densa de horror que dela só se redime na sepultura ... e destarte, a essência de todo crime permanece irrevelada. |
quinta-feira, novembro 17, 2005
pelos versos que odeia
e a poesia que desdenha.
Desculpe por eu não ter culpa,
a insuficiência das palavras,
o desencontro de idéias.
A luz que se aproxima,
o cansaço da tentativa,
os dois universos difusos,
a boa vontade desfocada
no prisma do meu olhar"
Marta braga
Banho de lua ( vitral)
terça-feira, novembro 15, 2005
70% água ( acrílica sobre eucatex)
O doido x o imaginário ( Luluca Guerra ) Cara a cara doido e imaginário, um dentro e fora, outro de ponta cabeça, sem saber do tempo, tempo que passa, passa que come sem degustar por inteiro. Tanto que se confundem o doido imaginário, e o imaginário doido. Imagina só. O que doido as linhas tansforma, e em letras transcende em mar iludido inconsciente das profundezas do imaginário envolvido. |
Soneto ( Gregório de Matos Guerra)
Largo em sentir, em respirar sucinto. Peno e calo, tão fino e tão atento, que mesmo em face do dormento mostro o que padeço, sei o que sinto.
O mal que fora encubro ou que desminto dentro do coração é o que sustento, com o que para penar é sentimento, para não entender é labirinto.
Ninguém sufoca a voz nos seus retiros. Da tempestade é o estrondo efeito. Lá tem ecos a terra, o mar suspiros.
Mas, oh do meu segredo, auto - conceito! Pois não chegam a vir à boca os tiros dos combates que vão dentro do peito. |
CACOETES - vitral
TE TI CONTIGO ( assassinando a língua portuguesa mas, deixando tudo claro - vitral )
Te sigo entre os deuses,
te quero como nada,
te marco o corpo com as unhas do desejo,
te confundo.
Te fantasio enquanto as águas me percorrem o corpo,
te faço o maior, e
te odeio com todo o meu amor, mas,
não te mostro a dor de não ser.
Divido contigo meias verdades,
e nunca te espero.
Pois, quando não vieres pra sempre,
de mim, não me interessa o que levarás,
de você, talvez, doces lembranças superficiais,
Pois nunca terás sido meu.
ME MIM COMIGO.
GIRARTEIRA - acrílica sobre tela
METÁFORA" uma lata existe para conter algo,
mas, quando o poeta diz lata,
pode estar querendo dizer o incontível.
Uma meta existe pra ser um alvo,
mas, quando o poeta diz meta,
pode estar querendo dizer o inatingível.
Por isso, não se meta a exigir do poeta
que determine o conteúdo da sua lata.
Na lata do poeta, tudo - nada cabe,
pois ao poetacabe fazer
com que na lata venha cabero incabível.
Deixe a meta do poeta, não discuta.
Deixe a sua meta fora da disputa.
Meta dentro e fora, lata absoluta.
Deixe-a simplesmente metáfora"
Gilberto Gil
segunda-feira, novembro 14, 2005
ACENANDÔ ( Acrílica sobre eucatex)
"As mãos que trago,
as mãos são estas,elas sozinha te dirão
se vêm de mortes ou de festas
meu coração"
Cecília Meireles
PARALIZIA (luluca Guerra)
NO DIA QUE ACABA O DIA,
AS COSTAS DA MÃO QUE HAVIA ESQUECIDO
MAIS UMA FUGAZ PARALIZIA
QUE BATE NA CARA COMO QUEM DIZ:
iDiOTa!
idiota!
IDIOTA!
ID OTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!