sábado, janeiro 31, 2009
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Ilustração: Mexi numa imagem emcontrada no site: http://www.cantaloupeproductions.com/
Bebadosamba
Paulinho da Viola
Um mestre do verso, de olhar destemido,disse uma vez, com certa ironia :
“Se lágrima fosse de pedra
eu choraria”
Mas eu,
Boca, como sempre perdido
Bêbado de sambas e tantos sonhos
Choro a lágrima comum,
Que todos choram
Embora não tenha, nessas horas,
Saudade do passado, remorso
Ou mágoas menores
Meu choro,
Boca,
Dolente, por questão de estilo,
É chula quase raiada
Solo espontâneo e rude
De um samba nunca terminado
Um rio de murmúrios da memória
De meus olhos, e quando aflora
Serve, antes de tudo,
Para aliviar o peso das palavras
Que ninguém é de pedra
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadosamba
Meu bem
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadachama
Também
Boca negra e rosa
Debochada e torta
Riso de cabrocha
Generosa
Beijo de paixão
Coração partido
Verso de improviso
Beba do martírio
Desta vida
Pelo coração
Bebadachama (chamamento)
Chama que o samba semeia
A luz de sua chama
A paixão vertendo ondas
Velhos mantras de aruanda
Chama por Cartola, chama
Por Candeia
Chama Paulo da Portela, chama,
Ventura, João da Gente e Claudionor
Chama por mano Heitor, chama
Ismael, Noel e Sinhô,
Chama Pixinguinha, chama,
Donga e João da Baiana
Chama por Nonô
Chama Cyro Monteiro
Wilson e Geraldo Pereira
Monsueto, Zé com fome e Padeirinho
Chama Nelson Cavaquinho
Chama Ataulfo
Chama por Bide e Marçal
Chama, chama, chama
Buci, Raul e Arnô Cabegal
Chama por mestre Marçal
Silas, Osório e Aniceto
Chama mano Décio
Chama meu compadre Mauro Duarte
Jorge Mexeu e Geraldo Babão
Chama Alvaiade, ManacéaE Chico Santana
E outros irmãos de samba
Chama, chama, chama
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadosamba
Meu bem
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadosamba
Bebadosamba, bebadachama
Também.
MONOTONÓLOGO.
DMP 7 os fulanos (Dona margarida Pereira e os fulanos - Recife, das antigas.
No tempo que acontece não muda o mesmo momento
Segundo após segundo, o mesmo é mesmo a tempos
O tempo que acontece não muda o mesmo momento
Segundo após segundo, o mesmo é mesmo a tempos
Então pare, escute, entenda e pense, DMP e os fulanos
O nosso humor é nonsense
No tempo que acontece não muda o mesmo momento
Segundo após segundo, o mesmo é mesmo a tempos
O tempo que acontece não muda o mesmo momento
Segundo após segundo, o mesmo é mesmo a tempos
Então pare, escute, entenda e pense, DMP e os fulanos
O nosso humor é nonsense...
...
Segundo após segundo, o tempo que acontece,
No mundo, o mesmo momento, o mesmo momento repete
Segundo após segundo, o tempo mesmo repete
No mundo, mesmo momento, o tempo mesmo repete.
terça-feira, janeiro 27, 2009
TOCA RAUL
A foto sem futuro é minha mermo.
É Fim De Mês
Raul Seixas
É fim de mês, é fim de mês, é fim de mês, é fim de mês, é fim de
Mês!
Eu já paguei a conta do meu telefone,
Eu já paguei por eu falar e já paguei por eu ouvir.
ouvir
Eu já paguei a luz, o gás, o apartamento
Kitnet de um quarto que eu comprei a prestação
Pela caixa federal, au, au, au,
Eu não sou cachorro não (não, não, não)!
Eu liquidei a prestação do paletó, do meu sapato, da camisa
Que eu comprei pra domingar com o meu amor
Lá no cristo redentor, ela gostou (oh!) e mergulhou (oh!)
E o fim de mês vem outra vez!
Eu já paguei o peg-pag, o meu pecado,
Mais a conta do rosário que eu comprei pra mim rezar ave maria.
Eu também sou filho de deus
Se eu não rezar eu não vou pro céu,
Céu, céu, céu.
Já fui pantera,
já fui hippie, beatnik,
Tinha o símbolo da paz
pendurado no pescoço
Porque nego disse a mim que era o caminho da salvação.
Aiai...
Já fui católico, budista, protestante,
Tenho livros na estante, todos tem explicação.
Mas não achei! eu procurei!
Pra você ver que procurei,
Eu procurei fumar cigarro hollywood,
Que a televisão me diz que é o cigarro do sucesso.
Eu sou sucesso! eu sou sucesso!
No posto esso encho o tanque do meu carro
Bebo em troca meu cafezinho, cortesia da matriz.
"there's a tiger no chassis"...
Do fim do mês,
Do fim de mês,
Do fim de mês eu já sou freguês!
Eu já paguei o meu pecado na capela
Sob a luz de sete velas que eu comprei pro meu senhor
Do bonfim, olhai por mim!
Tô terminando a prestação do meu buraco, do
Meu lugar no cemitério pra não me preocupar
De não mais ter onde morrer.
Ainda bem que no mês que vem,
Posso morrer, já tenho o meu tumbão, o meu tumbão!
Eu consultei e acreditei no velho papo do tal psiquiatra
Que te ensina como é você vive alegremente,
Acomodado e conformado de pagar tudo calado,
Sem bancar o empregado sem jamais se aborrecer...
(Ele só que, só pensa em analisar, na profissão seu dever é adaptar, ele só que só pensa em adaptar, na profissão seu dever é adaptar)
Eu já paguei a prestação da geladeira,
Do açougue fedorento que me vende carne podre
Que eu tenho que comer,
Que engolir sem vomitar,
Quando às vezes desconfio
Se é gato, jegue ou mula
Aquele talho de acém que eu comprei pra minha patroa
Pra ela não me apoquentar,
E o fim de mês vem outra vez...
Ontem Eu Sambei
EDDIE
Ontem eu sambei,
Como nunca tinha sambado,
Derramei o suor,
levantei a poeira,
Como nunca tinha levantado.
Vinha gente de todos os lados, alegria se fazia.
Eu sambei como você nunca, nunca imaginaria
Que pudesse acontecer.
Tanta coisa boa num só dia
Se eu falar mais pra você,
Você nunca acreditaria
Ontem eu sambei...
EDDIE
Ontem eu sambei,
Como nunca tinha sambado,
Derramei o suor,
levantei a poeira,
Como nunca tinha levantado.
Vinha gente de todos os lados, alegria se fazia.
Eu sambei como você nunca, nunca imaginaria
Que pudesse acontecer.
Tanta coisa boa num só dia
Se eu falar mais pra você,
Você nunca acreditaria
Ontem eu sambei...
domingo, janeiro 25, 2009
sábado, janeiro 24, 2009
www.skyscrapercity.com
Recife, Olinda ...
"O importante daquela despedida não era a ausência anunciada, e, sim a eterna presença que seria sentida"
Zeca Fonseca, "O Adorador"
terça-feira, janeiro 20, 2009
segunda-feira, janeiro 19, 2009
Pobre velha música
Pobre velha música!
Não sei por que agrado
Enche-se de lágrimas
Meu olhar parado.
Recordo outro ouvir-te.
Não sei se te ouvi
Nessa minha infância
Que me lembra em ti.
Com que ânsia tão raiva
Quero aquele outrora!
E eu era feliz?
Não sei:Fui-o outrora agora.
De: PESSOA, Fernando. "Cancioneiro". In: Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986.
terça-feira, janeiro 13, 2009
"Que as figuras, que as cores,que todas as espécies das partes do universo sejam resumidas a um ponto: que maravilha de ponto! Oh admirável e surpreendente necessidade:por tua lei,tu obrigas todos os efeitos a participarem em sua causa pela via mais curta! Ali estão os milagres."
Leonardo da vinci
Este é antigão. Uma das minhas fasesss. Amo. Pra mim significa proteção.
Esse pintei em janeiro de 2008.
Postei porque requer imaginação para que haja compreensão.. para lembrar que nada no mundo vem de graça e para lembrar das inúmeras perspectivas ao observarmos o mundo e as pessoas e a forma que estas pessoas observam o mesmo.
A arte imita vida, a vida imita a arte.
...como nietzsche, "esperamos que estejamos longe da ridícula pretensão de decretar que o nosso pequeno canto seja o único do qual tenhamos o direito de ter uma perspectiva"...
domingo, janeiro 11, 2009
Música
Noite perdida,
Não te lamento:
Embarco a vida
No pensamento,
Busco a alvorada
Do sonho isento,
Puro e sem nada,
Roda encarnada,
Intacta, ao vento.
Noite perdida,
Noite encontrada,
Morta vivida
E ressuscitada...
(Asa de lua
Quase parada,
Mostra-me a sua
Sombra escondida,
Que continua
A minha vida
Num chão profundo!
Raiz prendida
A um outro mundo).
Rosa encarnada
Do sonho isento,
Muda alvorada
Que o pensamento
Deixa confiada.
Cecília Meirelles
Sim, num momento Cecília Meirelles..kkkk
Noite perdida,
Não te lamento:
Embarco a vida
No pensamento,
Busco a alvorada
Do sonho isento,
Puro e sem nada,
Roda encarnada,
Intacta, ao vento.
Noite perdida,
Noite encontrada,
Morta vivida
E ressuscitada...
(Asa de lua
Quase parada,
Mostra-me a sua
Sombra escondida,
Que continua
A minha vida
Num chão profundo!
Raiz prendida
A um outro mundo).
Rosa encarnada
Do sonho isento,
Muda alvorada
Que o pensamento
Deixa confiada.
Cecília Meirelles
Sim, num momento Cecília Meirelles..kkkk
sábado, janeiro 10, 2009
Ver, definitivamente, não é enxergar...Quem dera ser um peixe huahauhau...quem nada? pintei no final de 2007.
"Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde és Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze-te da vaidade triste de falar.
Pensa,completamente silencioso,
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar."
Cecília Meireles
quarta-feira, janeiro 07, 2009
sábado, janeiro 03, 2009
Foto: Luluca Guerra
Cada Macaco No Seu Galho
(Riachão)
Xô xuá
Cada macaco no seu galho
Xô xuá
Eu não me canso de falar
Xô xuá
O meu galho é na Bahia
O seu é em outro lugar
Xô xuá
Cada macaco no seu galho
Xô xuá
Eu não me canso de falar
Xô xuá
O meu galho é na Bahia
Xô xuá
O seu é em outro lugar
Não se aborreça moço da cabeça grande
Você vem não sei de onde
Fica aqui não vai pra lá
Esse negócio da mãe preta ser leiteira
Já encheu sua mamadeira
Vá mamar noutro lugar
Xô xuá
Cada macaco no seu galho
Xô xuá
Eu não me canso de falar
Xô xuá
O meu galho é na Bahia
Xô xuá
O seu é em outro lugar
Não se aborreça moço da cabeça grande
Você vem não sei de onde
Fica aqui não vai pra lá
Esse negócio da mãe preta ser leiteira
Já encheu sua mamadeira
Vá mamar noutro lugar
Xô xuá
Cada macaco no seu galho
Xô xuá
Eu não me canso de falar
Xô xuá
O meu galho é na Bahia
Xô xuá
O seu é em outro lugar
Xô xuá
Cada macaco no seu galho
Xô xuá
Eu não me canso de falar
Xô xuá
O meu galho é na Bahia
Xô xuá
O seu é em outro lugar!
sexta-feira, janeiro 02, 2009
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